11 de novembro de 2011

Projeto Documentário “Espanke 90”, entrevista com Alex Dusky, diretor


Espanke 90 from Fabiano Silva on Vimeo.

O blog Rockalogy conversou com Alex Dusky, produtor, diretor, roteirista e ex-vocalista da banda Sex Noise, sobre o lançamento do projeto “Espanke 90”, que tem a idéia de funcionar como um documentário e um registro musical por meio da reunião de 14 bandas do cenário underground dos anos 90, são elas:
Funk Fuckers, Second Come, Dash, Zumbi Do Mato, Sex Noise, Gangrena Gasosa, Djangos, Piu Piu e sua Banda, Beach Lizards, Barneys, Cabeça, Anarchy Solid Sound, Poindexter e Soutien Xiita.


De onde surgiu a ideia de fazer o documentário? Por que “Espanke 90”?


A idéia surgiu após reunir o lançamento de dois livros: “Esporro” de Leonardo Panço e “Memórias não póstumas de um punk” de Larry Antha; Um de forma jornalística e outro meio autobiográfico contando esse mundo do rock carioca nos anos 90. Essa cena era efervescente, com dezenas de bandas surgindo pela cidade, dos mais diferentes estilos e quase todas tocando juntas. Você tinha no mesmo palco: Metal, alternativo, punk...

Mas, mesmo com discos gravados, não existem muitos registros ou gravações desses shows e encontros. Já havia uma conversa entre eu e o Leonardo Panço em transformar o livro dele em documentário, aí foi juntar as bandas e desenvolver o projeto. O mais legal é o inédito de conseguir juntar essas bandas, que marcaram o rock carioca, e saber que teremos pra sempre como assistir e ouvir o que todos tem pra dizer e em HD. As bandas são: Anarchy Solid Sound, Barneys, Beach Lizards, Cabeça, Dash, Djangos, Funk Fuckers, Gangrena Gasosa, Piu-Piu e Sua Banda, Poindexter, Second Come, Sex Noise, Soutien Xiita e Zumbi do Mato; Será um DVD com show ao vivo e entrevistas.

Por que o crowdfunding como forma de viabilização? Você poderia citar algum exemplo de projeto nessa linha que já tenha sido realizado?

O crowdfunding é uma ótima ferramenta para projetos culturais (quem dera existisse algo assim nos anos 90... quem dera existisse internet nos anos 90... marcávamos shows por telefone ou telegrama). No crowdfounding o fã pode ajudar diretamente seus artistas, sem passar por empresas, empresários, contribuindo com o valor que puder e recebendo uma contra partida. Você não doa dinheiro, você recebe algo por sua contribuição e ainda ajuda sua banda favorita.

O Mombojó financiou o projeto do show de 15 anos da banda em recife. Autoramas usou o crowdfounding para gravar seu mais novo CD.

Quem pode colaborar e como fazer isso? Há algum risco para os colaboradores caso o projeto não atinja a meta de realização?

Para colaborar é só entrar no site do projeto e escolher o valor e seguir as instruções do site, fazer cadastro e tal... (http://www.embolacha.com.br/projeto/130-espanke-90). A contribuição pode ser de qualquer valor. O projeto só vai pra frente se o valor total for arrecadado, se não bater a meta a grana de todo mundo que colaborou nem é descontada no cartão... Ninguém perde seu dinheiro. E no caso de alcançarmos a meta, 100% do valor, todos receberão as recompensas de acordo com a colaboração feita, isso a gente garante! Palavra de quem está na estrada desde 1990 fazendo música e agora cinema.

Valeu aí por apoiar essa empreitada para registrar uma cena do rock carioca que ficou com pouquíssimo material, principalmente audiovisual.

Agradeço a sua entrevista e aproveito o espaço para convidar a todos a fazerem  parte deste projeto, que uma vez realizado, servirá como registro histórico e documental da cena underground carioca e também nacional.

Parabéns pela iniciativa de vocês, estamos aqui na torcida. Obrigada.

Participe

Um comentário:

  1. Thanks Natália e Rockalogy pela atenção e pela bandeira rock que vcs continuam a carregar em direção ao futuro! Valeu!

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