A revista lançada on-line, 100% gratuita, com conteúdo de primeira qualidade e aparentemente tem cede em Brasília.
Mais um forte aliado no mídia underground, a evolução dos zines, que foram peças chave para a manutenção do cenário underground no começo da década de 80. Os zines, ou fanzines, revistas feitas por fãs, informavam o público e ajudava a manter e a criar uma comunidade de fãs, era a principal forma de comunicação do underground. A revista inclusive monta uma coletânea e disponibiliza on-line também, muito interessante, o que representa uma outra evolução, a das fitinhas K7, que rodavam o mundo via correio.
Recomendadíssima a leitura! Baixem e aproveites, excelente trabalho.
Dia 26/08/2011 Será realizado no Bangu Atlético Clube (Av.Cônego Vasconcelos 549, Bangu) a primeira dição do evento Brasil Extremo Ao vivo, o evento contará com as bandas:
7Foiçada
Statik Magik
Eternix
Anopsy
Land Of Tears
As Dramatic Homage
Thrashera
Profane Art
Carpensarem
Os ingressos já se encontram à venda na portaria do Clube, maiores informações pelo tel: (21) 9202-8043.
Sítio Top Model em Campo Grande, era aonde todos queriam estar naquele fim de semana, pois “o maior festival de rock e heavy metal do underground carioca” guardava grandes expectativas. A cargo das equipes de produção mais atuantes no Rio de Janeiro, o cast de 18 bandas, encabeçadas por Confronto e Ratos de Porão, prometia agitar a galera até as seis da matina do outro dia, tudo isso regado a muita cerveja e comida a um preço justo. Partimos para CG.
Começando mais tarde do que o horário previsto na divulgação, a primeira banda a se apresentar sobe ao palco às 18h40, o que na verdade não chegou a ser uma falha, pois nesse meio tempo o público foi aumentando e os que já estavam presentes, se habituando com o espaço,e, o mais importante; nenhuma das bandas presentes deixou de se apresentar e o evento terminou no horário marcado. Mais uma vez: parabéns para a organização.
No palco 2, que ficava numa área externa, com estrutura e aparelhagem de som mais modestas que a do palco principal, subia o MEHR WEIN, banda formada em 2006, com influências variadas, como Rammstein, Iron Maiden e Pantera. Apesar de alguns problemas com o som, as primeiras bandas são as que mais sofrem com isso, os caras agitaram pra valer a galera que já comparecia em bom número no local.
Assim que o Mehr Wein acabou de executar sua última música, Adam, o produtor e mestre de cerimônias do evento, já anunciava o próximo show. Quem inaugurava o palco principal era o HATEFULMURDER. A banda que foi a campeã da seletiva carioca do Metal Battle 2011, e está divulgando seu último trabalho, o EP matador “The Wartrail”, deu o tom de como seria o evento; só bandas de alto nível e muita porradaria, no melhor dos sentidos, é claro.
No mesmo esquema, sem dar nem tempo da galera respirar, era hora de nos reunirmos na frente do palco 2 para mais uma grande apresentação. Era o ENGINES OF TORTURE, que manteve o grau de brutalidade no máximo, com seu death metal super bem executado, com influências de nomes como, Nile e Behemoth. Créditos aos caras.
Às 20h sobe ao palco principal a PAINSIDE, a banda que fez o chão tremer literalmente. Era possível sentir as estruturas do segundo piso pulsarem, tamanha foi o energia que a banda passou para o público. O “modern heavy metal” proposto pela banda acertou em cheio, o PAINSIDE está divulgando seu último trabalho, o álbum “Dark World Burden”, recomendadíssimo.
Guilherme Sevens (v), Carlos Saione (g), Marcelo Val (b), André Andrade (d)
Leandro Carvalho (g)
O frio já estava começando a castigar quando o ÁGONA sobe ao palco 2 para uma das apresentações mais enérgicas e injustiçadas da noite. As diversas falhas no equipamento de som foram superadas pelo carisma e profissionalismo de Leonardo Milli, Alan Muniz, Rafael Ferraz e Vinícius Bhering. “Estamos aqui tirando leite de pedra”, a frase repetida diversas vezes pelo vocalista demonstrava o quanto a banda estava se esforçando para oferecer o melhor show ao público presente. Vocês mandaram muito, parabéns!
Os caras acabaram de liberar seu mais novo EP, "Essencial Putrefação" para download, ouçam o quanto antes.
Vindos da Região Sul, mais exatamente de Porto Alegre, RS, os caras do DISRUPTED INC., não deviam estar congelando tanto quanto nós. A banda foi a representante do Rio Grande do Sul no Wacken Metal Battle Brasil 2009 e passou aqui pelo Rio no mesmo ano, agora em 2011, o DISRUPTED INC. detonou mais um vez, agora em Campo Grande CG. Death metal/metalcore de primeiríssima qualidade.
Por volta das 21h 30 o Black Metal foi devidamente representado no West Rock Zone, os veteranos do IMPACTO PROFANO subiram ao palco marcando presença. Lord Anti-Christ, fundador da horda, cuspiu fogo sob a platéia, e todos os integrantes com seus respectivos corpse paints, deram um verdadeiro show de black metal.
Chega então vez do HICSOS tocar no West Rock Zone, uma das bandas mais esperadas da noite, desde 1990 na estrada os caras dispensam apresentação. Thrashão de primeira “true” pra descarregar toda a fúria dento de uma roda. Direto na orelha sem dó nem piedade, a banda está trabalhando em seu próximo álbum “Circle of Violence” enquanto divulga o “Technologic Pain” de 2007. Detonam!
E a maratona Thrash Metal estava só começando. Dispostos a levar o público do WRZ para um outro nível de agressividade, muito além do tolerado pelos parâmetros legais, o ANOPSY, de Duque de Caxias, fez uma das melhores apresentações da noite, era para os caras estarem no palco principal, mandaram muito! As rodas foram inevitáveis, muito boas para espantar o frio de uns quatro graus que estava fazendo.
De volta ao palco principal para mais uma rodada de Thrash de primeira linha, não à toa o carregamento de Brahma já estava perto do fim (mas sem pânico, tinha Itaipava a rodo). LEVIAETHAN, banda gaúcha de Porto Alegre, formada em 1983, deu uma aula, thrash metal oitentista diretamente da década de 80. O vocalista Flávio Soares, a quase 30 anos na estrada, é conhecido como “guerreiro do metal”, lenda viva.
Depois de tanto caos era hora de descontrair, sobe ao palco 2, “a banda do Saci de duas pernas”, são os caras do CARA DE PORCO. Detonando um hardcore animado, no maior estilo Garotos Podres e Zumbi do Mato com letras hilárias pra espantar o frio que essa altura já estava abaixo de zero. Destaque também para a fantasia de “treta” do baixista, rs.
Chega a hora de mais uma lenda subir ao palco do WRZ, de volta depois de dois anos sem atividades, o IMAGO MORTIS mostra o porque é reconhecido como um dos grandes nomes do metal nacional. Com um som difícil de classificar, algo entre o doom metal e o heavy metal, a banda agitou o público e provou sua excelência técnica na execução das músicas.
Para fechar em grande estilo as atividades do palco 2 do WRZ, a banda L.O.K.O, de São Gonçalo, resolve fazer com que todos entrem na roda por pelo menos uma vez. Misturando diversas influências, como Sepultura, Raimundos, Ratos de Porão e Otep, a banda faz jus ao nome e segue com um death metal, hardcore, grind muito L.O.K.O. (rs).
No palco principal agora, para aquecer ainda mais a galera, completando a tríade thrash do WRZ, a banda PROPHECY. Diretamente da Bay Area do Rio de Janeiro, Guanabara bay, o som que só o litoral ensolarado e a multiculturalidade podem proporcionar, o thrash metal cru e poderoso da galera revoltada com tanta mediocridade. Foi pra bangear do começo ao fim.
Estão todos bem? Que bom, porque depois dessa maratona de demolição, as bandas convidadas a encabeçar o festival se preparam para subir ao palco. Foi só o tempo de comer um cachorro quente, tomar uma sopa de ervilha [que no frio que estava fazendo caia super bem], pegar uma bebida e partir pra frente do palco.
O CONFRONTO subiu ao palco e pegou uma galera sedenta para agitar! Sem noção as rodas que se formaram em frente àquele palco. Com mais de 10 anos de luta e trabalhando na divulgação do álbum Sanctuarium, lançado em agosto de 2008, a banda pois sítio Top Model para sambar, a galera insana.
Felipe Chehuan (v)Maxmiliano (g)Eduardo Moratori (b)
Felipe Ribeiro (d)
Por volta das 4h 30, com o dia perigando amanhecer, a público permanecia em peso, a postos para assistir o RATOS de PORÃO, banda que muitas bandas que tocaram ali naquele dia têm ou citaram como influência. Jão Gordo, Jão (g), Boka (d) e Juniho (b) incansáveis na luta underground, bom como vinho, que só faz melhorar com o tempo!
Sem dúvidas esse foi um dia memorável, voltado inteiramente ao rock e ao underground. A cena carioca precisa de mais eventos assim. O West Rock Zone 2011 vai ficar na memória, e nós esperamos que este seja apenas o primeiro de muitos. Apesar do frio congelante e das mais de 16 horas seguidas de evento o público manteve-se a postos, isso se deve a seleção de ótimas bandas para o cast, à forma como elas foram intercaladas e tempo de cada uma para se apresentar. O segundo palco não teve uma qualidade de som muito boa, mas isso foi superado pela força de vontade e profissionalismo das bandas.
Foi Du caraleo!
Até a próxima!
Natália R. Ribeiro
Colaboração especial: Andrea Blanco
Como complemento da matéria, confiram os vídeos super bacanas feitos por Alex Voorrhees do Imago Mortis, muito legal.