24 de agosto de 2011

Ultrapassando Fronteiras

A banda carioca Ágona em entrevista para o site peruano Doble Pedal Rock. É muito bom ver o Metal Nacional, o underground, transpondo barreiras.
Confira a matéria em: http://www.doblepedalrock.com/2011/08/agona-metal-extremo-desde-brasil.html

17 de agosto de 2011

Heavy Metal barulho e ódio


“A cultura é menos a paisagem que vemos do que o olhar com que a vemos” (BARBERO, 2001, p.23)
Essa frase de Jesús Martín Barbero mostra que a cultura não é algo dado, a cultura é um processo e está em constante transformação. Ela tem mais a ver com a forma como vemos as coisas, do que as coisas em si. Pessoas que fazem parte do meio underground tendem a enxergar as coisas de uma forma diferente de quem não pertence a esse meio e vice-versa.

O Heavy Metal é um gênero musical complexo, geralmente os headbangers são: “os metaleiros”, que só andam de preto, ouvem músicas aonde as pessoas não cantam, em vez disso ficam berrando, ninguém entende nada, uma música violenta, “pauleira”, e que adora o demônio. Isso acontece porque o Heavy Metal contesta uma série de valores que são tidos como dogmáticos pela sociedade comum.

Para começar a religião, o Heavy Metal prega a autonomia do indivíduo, Deus e diabo são vistos de formas diferentes. Valores estéticos; o preto é predominante, couro, tachinhas, spikes, para o headbanger o Heavy Metal também é estilo de vida e isso implica nas roupas que ele vai usar. Piercings, tatuagens, alargadores, cortes de cabelo diferentes, tudo isso incomoda.

Quando Arnaldo Jabor fala que o Heavy Metal e o Punk glorificam o barulho e o ódio ele está querendo estigmatizar o gênero, o ódio, o barulho e a violência é o que vivemos diariamente, isso é puro reflexo da nossa realidade, mas que poucos preferem enxergar. Em vez de cantarmos os “barquinhos da bossa nova”, cantamos a hipocrisia, a miséria humana, a intolerância. 



4 de agosto de 2011

Intolerância - Menino abandona escola após ser repreendido por gostar de rock pesado

Banda Haunted by Heros, vejam 

No primeiro dia de aula um menino de apenas 8 anos é mandado para a sala da diretoria por estar batucando na cadeira como se estivesse tocando bateria, a diretora então ao ver que se trata de um pequeno roqueiro, fã de Iron Maiden e Ozzy Osbourne, tenta tirar o capeta da cabeça da criança. O discurso é o mesmo de sempre, o mesmo preconceito e alienação que ainda atinge uma boa parte da população.

O menino ficou assustado com a atitude, imagino que qualquer um ficaria, mas a diretora não tinha o direito de tentar intimidar uma criança que ainda não tem a capacidade para discutir a altura, tentado impor-lhe a sua compreensão sobre o assunto. A justificativa da mulher foi dizer que as letras faziam apologia ao demônio, que não traziam mensagens positivas e que estavam cheias de palavrões, percebe-se que quem não entende nada das letras é ela mesma. O que guiou essa atitude foi o preconceito.

Veja a matéria que foi publicada no site UOL Notícias

O primeiro dia de aula do garoto Marcelo Corrêa Carvalho, 8, no colégio Ponto Alfa, em São José do Rio Preto (438 km de São Paulo) foi também o último. Seus pais decidiram mudar o menino de escola depois de ele ser repreendido pela diretora por gostar de rock. Marcelo é fã das bandas como Iron Maiden e roqueiros como Ozzy Osbourne.

Tudo começou porque Marcelo começou a batucar na carteira como se estivesse tocando bateria. A professora não gostou e o mandou para a diretoria. Lá, a diretora Ana Maria Fernandes questionou seu comportamento e suas escolhas.

O menino teria dito a ela que quer ser guitarrista e que sonha em tocar com o Iron Maiden. A diretora mostrou imagens de capas de CDs das bandas, na tela do computador, e o alertou que “todas fazem referência ao demônio, com imagens satânicas e que lembram a morte”.

“Eu quis despertar nele uma reflexão para a realidade. Esse é meu trabalho, e as letras que ele ouve fazem alusão à besta, ao demônio. Não têm mensagem positiva”, disse a diretora Ana Maria ao UOL Notícias.

Nara Corrêa Carvalho, 26, mãe do garoto, diz que ele voltou para casa apavorado com o que viu na sala da diretora. Segundo Nara, Marcelo contou que a diretora lhe mostrou imagens de demônios e disse que os roqueiros fazem rituais satânicos. “Ela disse que eles sacrificam animais, cortam as cabeças e que têm pacto com o demônio. Ele ficou apavorado.”

Ana relatou que queria ajudar o garoto e a família, que, de acordo com ela, não tem consciência do que dizem as letras das músicas que o menino ouve. “Eu conversei três horas e meia com Marcelo. Ele é agressivo, e isso se deve a esse hábito de ouvir essas músicas que estimulam a violência.”

O colégio Ponto Alfa é uma escola particular de ensino fundamental com apenas 15 alunos por sala de aula e atende a várias crianças consideradas “difíceis”. Todas as salas são monitoradas por câmeras. A diretora informou que vai colocar no Facebook as imagens do menino em sala de aula para provar o que se passou na escola e de que forma ele foi tratado.

A família de Marcelo mudou-se para São José do Rio Preto há 15 dias. A mãe, Nara Corrêa Carvalho, 26, é comissária de bordo e tem dois filhos: Marcelo e uma menina de cinco anos. Ela decidiu voltar para Rio Preto, onde moram seus pais. “Meu filho ficou traumatizado, mas não vai deixar de seguir sua vocação, que é a música”, disse ela.

Marcelo é fã dos Beatles e do The Who desde os dois anos, mas hoje prefere Iron Maiden e Ozzy Osbourne. É um garoto considerado superdotado, segundo ela. “Ele tem grandes habilidades, pertence ao grupo dos supertalentosos para a música, matemática e derivados”, afirmou Nara. A diretora confirmou ser perceptível que o menino tem grau de inteligência acima da média.

Depois do episódio, Marcelo fica em casa, enquanto a mãe procura uma nova escola. A família vai processar a escola. O caso está protocolado no Conselho Tutelar Sul de São José do Rio Preto, que deve apresentar a denúncia ao Ministério Público da Educação.

“Essa pessoa tem que entender que as crenças dela não podem interferir na educação das crianças”, disse Nara, mãe de Marcelo. A diretora Ana Fernandes informou ao UOL Notícias que não tem religião, é uma pessoa cristã e lê apenas a Bíblia.



Em homenagem a Sr.Diretora vamos ouvir COM LEGENDAS a uma das músicas mais famosas do PRINCIPE DAS TREVAS. Tapem os ouvidos das crianças.