31 de janeiro de 2011

Tocar de graça sim, pagar pra tocar NÃO


Tocar de graça em um evento muitas vezes pode ser vantagem para a banda, ainda mais se ela estiver começando, um show é a melhor e mais eficiente forma de divulgação do seu trabalho. Para a banda fazer um show ela precisa ensaiar, precisa de um equipamento legal, precisa ir até o local do evento que muitas vezes não é perto, precisa de alimentação, ou seja, tem um custo.

Quando a banda toca de graça é como se ela estivesse fazendo uma troca, onde a produção garante mais uma atração, e a banda divulga seu trabalho. Porém o ato “jabalesco”, que põe o dinheiro na frente da música, também se tornou um costume no underground e fez crescer o olho de muita gente que resolve promover um evento.

É a lei da oferta e da procura, centenas de bandas e nenhum lugar pra tocar, ambiente propício a aproveitadores baratos, pro cara que prefere por quaisquer 10 bandas num evento, cada uma dando 100, 150 pratas, do que produzir um evento legal de fato. O pior é que na falta de opção a banda acaba pagando, e sai no prejuízo, por que eles não estão nem aí pra divulgação e o som é de quinta.

Se a banda tem que vender tantos ingressos pra tocar, isso é o mesmo que ter que pagar. Se a banda vai tocar sem custo nenhum, ela mesma que tem que divulgar o evento e ela mesma que vende o ingresso o que o produtor faz?

A parada está num nível tão insano que esses produtores acham que estão fazendo um grande favor à banda e a cena, quando é justamente o contrário, estão é jogando mais terra em cima.

Natália RR

6 comentários:

  1. Finalmente alguém pra falar abertamente sobre isso, é um absurdo oq esses ditos produtores vem fazendo a anos. É hora de mudar isso!
    Pay to play, no way!

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  2. O produtor tem sido o cara que terceiriza o show,já q a banda o paga para alugar o som e divulgar.Isso é algo q a propria banda poderia fazer.Não sei se é preguiça das bandas tbm, ou se ja se conformaram com esse método de entrar na vitrine pra um festival,por exemplo, pagando e nao por merito de ser uma banda querida por muitas pessoas.

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  3. Bom...sempre bati o pé contra isso, mas é lamentável dizer que em grande parte as bandas são responsáveis por isso, se houvesse organização,era só fazer um boicote e pronto, mas infelizmente o "Willy Lynch" pegou todo mundo.
    Quem não conhece o "Willy Lynch" segue o link para saber mais. http://efme.blogspot.com/2007/02/discurso-de-willie-lynch-sobre-seus.html

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  4. Olha, agora eu gostei de ver heim, falou e disse. Eu também tenho uma banda e não me sujeito a vender ingressos pra tocar, mas isso diminui e muito os nossos espaços de show, muitos organizadores pilantras querem se aproveitar das bandas iniciantes, que são as que se sujeitam a esse ponto.

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  5. Meu pai ajudava a sustentar família tocando fora como músico, numa época em que tocar de graça, ou pior, pagar pra tocar, era a mesmíssima coisa que pedir para um médico fazer uma cirurgia de coração de graça (ou pagar ao paciente para operá-lo) "só pra ver se ele é bom mesmo"... em suma, quem oferecesse uma proposta dessas ao músico naquela época, era soco na cara e chute nos bagos. Músicos: VALORIZEM-SE!
    Por estas e outras que um cara que é músico hoje em dia, quando tem que ajudar em casa, larga a música e vai carregar caixa na feira. (Nada contra quem carrega caixa na feira, apenas citei uma atividade que não tem nada a ver com música, quando o cara, em outras épocas, poderia usar o seu talento de modo mais eficiente). Tem que ser Músico (com M maiúsculo) para abraçar a causa, mas, infelizmente, está cheio de meros "tocadores de música" por aí... Ps: Sim, eu conheço (ex) músicos 'ferradaços' que tiveram de largar a música para ajudar em casa com outra função qualquer.
    Pagar para tocar é um absurdo, mas tocar de graça também é.
    William.

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  6. Finalizando: Se todos se unissem, em um mês mudaríamos a cena drasticamente!

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