31 de maio de 2011

James Hetfield é homenageado na escola em que “estudou”



O vocalista e guitarrista do Metallica, James Hetfield, entrou para o Hall da Fama 2011 do Downey High School, Califórnia, nesta última sexta-feira, 27 de maio. Em seu discurso declara que odiava o colégio e que vivia escondido. James preferiu deixar o time de futebol a cortar o cabelo, ele agradece ao treinador do colégio por tê-lo feito se decidir pela música. O vocalista conta de sua trajetória difícil, órfã aos 16 anos e que não chegou a completar os estudos em Downey High School.

É certo que James Hetfield não era um aluno exemplar, e que ele entrou no Hall da fama do colégio por ser vocalista do Metallica, uma das maiores e mais bem sucedidas bandas de Rock/Heavy Metal do mundo. A questão é, qual é o papel da escola na formação deste e de outros ídolos do Rock? E quando os alunos desviantes não alcançam o sucesso?

A escola como uma instituição disciplinar, responsável por formar cidadãos e repressora por conta isso, é um elemento importante na construção de subjetividade, ou seja, identidade, personalidade e caráter, e também de laços sociais para jovens “rebeldes”, ou desviantes, que se negam a seguir determinada conduta.

Para os outros alunos “roqueiros”, cabeludos, que não queriam saber de estudar, que montaram uma banda, mas a banda acabou não dando certo, a escola, neste sentido, falhou? Ou isso parte de uma questão do indivíduo?

O que eu quero mostrar é que a escola já não funcionava para James Hetfield, a não ser como lugar de negação, de repressão, que certamente alimentou a sua revolta e deixou sua música ainda mais raivosa, o que era bom, e talvez o mérito do colégio esteja exatamente aí. Quantas bandas foram e são formadas no ambiente escolar, por alunos que queriam/querem sair o quanto antes de lá?

O Rock n’ Roll não se aprende na escola. Mas antes de coroar esse tipo de atitude deve-se lembra que o sucesso como artista musical, a nível de celebridade, muitas vezes independe do esforço de cada um, ele é regulado pelas “intempéries do mercado”.

Leia o discurso traduzido em: http://www.metalremains.com/news/2681.html


Fonte: http://www.metalremains.com

Natália RR

2 comentários:

  1. Nao se pode perder o foco, e talvez o cara estivesse tao focado em música q todo o resto inclusive os estudos tenham ficado de lado.

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  2. Eu acho que o ensino tradicional tem um problema sério; a maioria das escolas cria futuros empregados e reprime o lado empreendedor dos indivíduos. Valoriza procedimentos em detrimento dos resultados.

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