O underground está em constante mudança, há sempre uma nova configuração no cenário, por isso a dificuldade de se chegar a uma definição. Apesar do termo ser usado constantemente para significar bandas e sonoridades que se encontram em situação específica, há sempre o incomodo com a tentativa de se especificar o que é isso de fato.
Só se pode começar a falar de underground, como conhecemos atualmente, a partir da década de 80. O Punk foi um vendaval que mudou as coisas do lugar, foi depois do Punk em 77 que as coisas começaram a se complicar, foi quando as bandas começaram a produzir de forma independente, e o “do it yourself” passou de exceção a regra.
Mas foi em 90 e 2000 que a coisa foi ficando preta, depois da crise das gravadoras e o excesso de informação na rede, tudo ficou ainda mais confuso. Se antes só era possível gravar um disco tendo o suporte de uma gravadora, agora se faz isso sem precisar sair de casa, em compensação não vemos hoje as gravadoras investirem em estilos como foi o Thrash Metal na década de 80.
Outra coisa que se deve ressaltar em relação ao underground é que ele não é um estilo musical e que não se explica apenas por esse viés mercadológico. É algo maior e que engloba uma série de fatores. Quando de se fala em “música underground” geralmente estão falando de música com pouco ou nenhum valor econômico, analisando do ponto de vista mainstream “Restart” em parte pode ser verdade, mas quando se fala em underground não é isso que está em jogo.
Natália RR
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