Conhecida como a mais satânica e blasfêmica de todas as vertentes do Metal, o Black Metal é seguido por lendas, mitos e preconceitos. A maior delas talvez seja protagonizada por Varg Vikernes, então baixista da banda Mayhem, que assassina a facadas seu companheiro Euronymous. Condenado à pena máxima da Noruega de 21 anos por assassinato e mais ao incêndio de três igrejas.
As bandas “pré-inventoras” do Black Metal são: Bathory, Hellhamer e Venom que bem como a brasileira Sarcófago formam o que o autor chama de “primeira geração” do estilo. Mayhem, Burzum, Emperor, Immortal entre outras, pertenceriam à segunda geração. O nome Black Metal veio do primeiro disco da banda Venom, lançado em 1982, que na época já carregava o visual agressivo e as letras com temas anti-religiosos.
Acusando o Death Metal de extremamente comercial e sem espírito os jovens escandinavos inovaram trazendo criação de atmosferas bizarras, influências do rock gótico, e uma certa magia teatral. A partir disso fica mais fácil pensamos a importância dos “codinomes”, as maquiagens e as roupas para o estilo. Diferentes do Thrash e do Death Metal, que nesse momento se preocupavam pouco com a imagem, subindo ao palco de jeans, camisetas e calças de moletons.
Dead, então vocalista da banda Mayhem, ao fanzine Slayer:
“Quando se vai a uma escola comum, certamente se pode ver metade dos alunos vestindo camisetas do Morbid Angel, Autopsy, Entombed e, mais uma vez, vou vomitar! Death Black metal é uma coisa que todos os mortais comuns deveriam temer, não transformar em tendência!”
De fato num primeiro momento houve todo esse esforço de separação por parte dos que estavam “de dentro” do grupo, como se formassem uma elite, com o passar da década de 90, e um olhar mais atencioso da mídia, o controle entre os que eram e os que não eram “true” foi ficando cada vez mais complicado. Em 1996 o CD Enthrone darkness triumphant, da banda norueguesa Dimmu Borgir, vendeu mais de 250 mil cópias.
“No final da década de 90, o radicalismo havia se acalmado e se transformado em aceitação social. (...) Anos depois do incêndio em Fantoftkirke, bandas de Black Metal, incluindo o Emperror, seriam vistas se degladiando por prêmios em várias edições do Grammy Norueguês.” (CHRISTE, Ian. SP 2010, p.366)
O Black Metal na Noruega nasceu de um grupo pequeno de jovens da faixa dos 15, 16 anos, o autor aponta para o fato de que o impulso destrutivo poderia ter sido apagado pelo estrelato do rock ou pelo alcance da maturidade natural pelo grupo.
O Black Metal é ainda hoje uma das vertentes mais emblemáticas do Metal ela conserva ainda uma aura, uma essência, “é preciso ser true”. O Death Metal é mal, mas o Black Metal é amaldiçoado, é satânico, o que seria de toda subjetivação em torno do Metal se não fossem essas vertentes, esses mitos e lendas.
PS. Fãs radicais true, se por acaso cometi alguma blasfêmia na feitura deste texto expositivo, entrem em contato para que o mesmo seja corrigido. Atenciosamente, Natália R Ribeiro
Bem legal a abordagem que tu fez do estilo. De certa forma, uma síntese bem legal. Só faltou um "Dissection" aí. Ah, fica uma sugestão pra uma segunda parte falando sobre o black mais atual... aquela coisa meio ambiente/depressiva.
ResponderExcluirAh, parabéns pelo blog.
Valeu mesmo Thiago! Fico feliz com seu comentário, realmente falta muita coisa. Sobre o Black Metal dá pra escrever mais de um livro.
ResponderExcluirDissection não entrou pq o foco foi nas bandas da Noruega e as bandas que as influenciaram, e eles são Suíços, ótima banda e clássica de qualquer forma.
Como é texto para post, acabamos tendo que ser bem sintéticos mesmo, o legal é que sempre sobra assunto para outro post.
Abss
Natália Ribeiro
Bem, é que por tu ter colocado vídeos de bandas de outros lugares - tudo bem que foram só umas responsáveis pela origem - pensei nisso, porque além de influentes tem muita polêmica envolsvendo a banda e tal - participação no lance do Inner Circle blablabla. Mas ok, eu falei só pra pentelhar porque é a que eu mais gosto do estilo Hhaha. PS: A banda é da terra do Bathory/Quorthon (Suécia), na verdade. Mas nem da nada. (:
ResponderExcluirAbraço.
Fala aí Thiago, tem toda razão eles são da Suécia, foi falha minha mesmo. Eu não conheço muito de Black Metal, morri de medo de cometer alguma blasfêmia que levantasse a ira dos fãs mais true, mas pelo visto consegui me sair bem. A minha intenção com post e apresentar uma questão e levantar ideias.
ResponderExcluirMais uma vez, valeu pelos comentários.
Abss
Natália RR
eu vo degolar as suas gargantas depois da um tiro nas suas kbças
ResponderExcluirse diz o tr00 mas é um merda né seu "Satanas 666"
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