16 de dezembro de 2012

“Teoria do Rock” é matéria na UFF



O segundo semestre de 2012 na Universidade Federal Fluminense além de começar em Novembro (devido ao prolongado período de greve), trás como outra peculiaridade uma grata surpresa para os fãs de Rock e seus afins, uma disciplina da grade de Estudos de Mídia, voltado especificamente para a análise e o estudo desse gênero musical. A ideia do curso é trabalhar com as algumas regras do gênero e de algumas vertentes, transformando afetos em questões acadêmicas, “não é apenas rock’n’roll”. Vejam o que diz parte da ementa:

“(...) a ideia do curso de Teoria do Rock é apresentar uma história social por trás da vertente. Logo, um dos focos é compreender a história e o desenvolvimento social – e midiático – do rock mundial (Elvis, a juventude do contexto do pós-guerra, a produção atual). Para sairmos do lugar-comum “é apenas rock’n’roll, mas eu gosto”, analisaremos as culturas do rock, a partir dos valores de produção, circulação e consumo de seus subgêneros, assim como as disputas com demais gêneros musicais. Estudos recentes apresentados por autores como Simon Frith, Jeder Janotti Jr, Paul Friedlander, Holly Kruse e Harris Berger apontam que há um universo inter-relacionado de elementos musicais, líricos, culturais, econômicos e tecnológicos inserido na cultura do rock. (...)” 

Com uma fila de espera bem grande para uma matéria optativa, o curso pode ser considerado um sucesso de público, mas segundo as professoras responsáveis, os alunos não terão muito tempo para “bater-cabeça” durante as aulas, o conteúdo é denso e tem muito a ser discutido. O curso e sua bibliografia são um prato cheio para aqueles que pesquisam, gostariam de pesquisar ou apenas ter um conhecimento mais aprofundado sobre gênero.

A disciplina é ministrada por Simone Sá, professora do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do curso de Mídia da Universidade Federal Fluminense, também coordenadora do LabCult (- Laboratório de Pesquisa em Culturas Urbanas e Tecnologias) e Melina Santos, graduação em Comunicação Social (2007) pelo Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e membro do LabCult, seu trabalho é voltado para o Metal e analisa os processos de distribuição musical na internet.

E esse semestre promete ser bastante produtivo para o Rockalogy, já que sou uma das alunas inscritas na matéria e ela é tudo e um pouquinho mais do que venho trabalhando no blog desde 2009, quando comecei a graduação em Estudos de Mídia. Espero que “essa moda pegue” e possamos ver mais disciplinas, em mais cursos, em mais instituições com esse foco.

13 de dezembro de 2012

Freeze! EP, Vakan - Resenha



Freeze! - Vakan
EP: Freeze!
Banda: Vakan
Santa Maria – RS

Matheus Oliveira, vocal
Alexandre Marinho, guitarra
Carlos L. Schmitt, baixo
Lucas Oliveira, bateria

EP de quatro faixas, calcado na sonoridade Heavy Metal possui diferentes momentos que podem agradar desde fãs de Rock 'n' Roll àqueles que preferem passagens mais pesadas e de certa profundidade.  “Moving On”, a quarta faixa do EP, deveria estar abrindo o trabalho, pois além de trazer o título em seu refrão, é uma das mais vigorosas do álbum e junto com “Curtain Call” parecem dizer mais diretamente ao que a banda veio.

As pessoas gostam de saber o que estão ouvindo desde um primeiro momento, gostam de identificar elementos, conseguir estabelecer uma direção à sua escuta e a Vakan em “Freeze!” consegue proporcionar isso sem soar repetitivo, ou parece algo meio sem descrição que saiu de um liquidificador cheio de influências variadas.

Como todo primeiro trabalho, "Freeze!" é uma pequena amostra do que a banda virá a ser, o que não quer dizer que sejam composições menores, pelo contrário, dependendo do caminho que a banda pretende seguir essas quatro faixas podem se tornar clássicas em sua trajetória. Em alguns momentos o vocal poderia ser mais vigoroso, em outros os solos de guitarra parecem não encaixar totalmente na música, mas isso não chega a influenciar na obra como um todo, se é que podemos pensar assim em tempos em que a ideia de álbum parece cada vez fazer menos sentido.

A parte visual do material poderia ser melhor trabalhada, tipografias, imagens poderiam ser mais exploradas, mas isso não chega a pesar tanto numa avaliação pois o que importa mesmo no final das contas é conteúdo, estou cansada de ver bandas com um trabalho visual incrível e com um som medíocre.

Gostaria de ter a oportunidade de conferir a banda ao vivo, pois para mim essa é verdadeira prova de fogo, mas só posso falar no momento sobre o EP e esse eu recomendo, principalmente para fãs de Heavy Metal. Espero que a banda siga seu cronograma e nos apresente novas composições logo em breve, as expectativas, a contar com “Freeze!” são as melhores.

Links
http://www.facebook.com/VakanOfficial

Por: Natália Ribeiro "Rockalogy"

1 de dezembro de 2012

Novo quadro do Metal Busted! busca abordagem diferenciada

O novo quadro "Life Busted!" do canal Metal Busted! apresenta o universo rock/metal além da música. Pensando no público online ávido por novidades e que cada vez mais monta sua própria grade de programação, a Busted! Produções buscou preparar algo diferenciado. Footages e entrevistas frente a frente existem várias na internet então por que não inaugurar uma nova proposta, por que não se arriscar?
O primeiro episódio "Girrrl Talk: Backstage com Melyra" mostra o behind the scenes, a preparação de uma banda pouco antes dela subir ao palco, ele entra no camarim com as meninas da banda e apresenta temáticas e assuntos referentes à "sociologia do rock"; vida social, tendências, identidade, preferências, etc.
O quadro tem um apelo estético e visual bastante atrativo, o que pode quebrar certos padrões dentro da mentalidade do gênero documental/informativo do rock/metal, o que pode incomodar, ou mesmo desagradar a alguns, mas abre um grande número de possibilidades para um novo tipo de pensamento e também para espectadores mais novos.
O quadro precisa amadurecer um pouco mais, e em se tratando do primeiro episódio, isso é algo inevitável e é também um processo, está no caminho certo e cumpre sua função. Deve-se ter o cuidado para que seja algo curto e dinâmico, mas não rápido demais, não perder do timing.
A ideia é acrescentar. Dá o play.