31 de janeiro de 2011

Tocar de graça sim, pagar pra tocar NÃO


Tocar de graça em um evento muitas vezes pode ser vantagem para a banda, ainda mais se ela estiver começando, um show é a melhor e mais eficiente forma de divulgação do seu trabalho. Para a banda fazer um show ela precisa ensaiar, precisa de um equipamento legal, precisa ir até o local do evento que muitas vezes não é perto, precisa de alimentação, ou seja, tem um custo.

Quando a banda toca de graça é como se ela estivesse fazendo uma troca, onde a produção garante mais uma atração, e a banda divulga seu trabalho. Porém o ato “jabalesco”, que põe o dinheiro na frente da música, também se tornou um costume no underground e fez crescer o olho de muita gente que resolve promover um evento.

É a lei da oferta e da procura, centenas de bandas e nenhum lugar pra tocar, ambiente propício a aproveitadores baratos, pro cara que prefere por quaisquer 10 bandas num evento, cada uma dando 100, 150 pratas, do que produzir um evento legal de fato. O pior é que na falta de opção a banda acaba pagando, e sai no prejuízo, por que eles não estão nem aí pra divulgação e o som é de quinta.

Se a banda tem que vender tantos ingressos pra tocar, isso é o mesmo que ter que pagar. Se a banda vai tocar sem custo nenhum, ela mesma que tem que divulgar o evento e ela mesma que vende o ingresso o que o produtor faz?

A parada está num nível tão insano que esses produtores acham que estão fazendo um grande favor à banda e a cena, quando é justamente o contrário, estão é jogando mais terra em cima.

Natália RR

13 de janeiro de 2011

Rockalogy de volta, sorrateiramente

Fala aí galera, muita luta nesse underground de meu Deus, 2011 promete!
Mais uma vez, obrigada a todos. ^ ^!

Underground Wikipédia


Parece que quem escreveu esse artigo aí no Wikipédia está atrasado pelo menos uns 20 anos. Isso só prova a completa ignorância por parte do senso comum sobre o assunto “underground”. Primeiro que hoje música alternativa não é a mesma coisa que música underground, botar Cachorro Grande no mesmo saco que o Gangrena Gasosa é a mesma coisa que dizer que cachaça é água, olhando até parece igual, mas se experimentar vai ver que é uma coisa completamente diferente.

“Esse tipo de música de um modo geral possui pouco ou nenhum apelo de massa”, segundo erro grave. O grunge era um estilo underground, e o Nirvana revolucionou a parada vendendo 400 mil cópias do seu disco Nevermind em apenas uma semana, isso em 1991, ou seja, o underground pode ter apelo de massa, mas isso não depende dele, depende da mídia, da indústria e de uma série de coisas.

Terceiro erro grave: “o underground não tem presença comercial”, quem pensa assim nunca ouviu falar da tal da cauda longa.

Analisar o underground apenas do ponto de vista comercial e musical é deixar de lado todo o resto, toda a questão social, cultural e espacial de onde a cena se desenvolve. É justamente aí que está o diferencial da música underground, nessas especificidades, nas milhares de cenas espalhadas por aí, cada uma com uma história uma característica.