13 de outubro de 2009
Code in skin
O código na pele.
A tatuagem pode funcionar como um código, ela é uma marca permanente sobre a pele, e como marca ela designa algo. Por ser permanente ela pode ser considerada uma das formas mais extremas de exteriorização de uma identidade, mas existem outras inúmeras formas de por em evidência traços da própria personalidade.
Este post fará uma pequena introdução dos elementos simbólicos que circulam na atmosfera do underground.
Sabe-se que o underground reúne diversas vertentes do Rock e, que apesar do clima harmonioso, essas vertentes estão em um conflito constante, Thrash X Heavy Metal Melódico, Hard Rock X Hard Core, Rock’n Roll X Rock Progressivo, a exemplo. Esses conflitos dão-se no campo ideológico, no qual cada estilo possui uma posição, um modo de ser, agir e pensar.
É comum que uma pessoa compactue com mais de uma vertente, mais de um estilo, mas dificilmente ela compactuará com dois estilos, com duas ideologias claramente distintas, a exemplo o Rock Progressivo e o Black Metal Old School. Um dos principais fatores que corroboram essa afirmação é a impossibilidade da formação de uma identidade estável, nos moldes idéias do underground, sobre um terreno estável.
Essa afialiação imposta assemelha-se ao sistema político, onde é preciso fazer parte de um partido para atuar de forma efetiva nas diretrizes da sociedade.
A identidade é supervalorizada nesse meio, e uma das formas primordiais de identificação é através de símbolos próprios, característicos a determinado estilo.
A forma de se vestir, as gírias, a forma de se comportar e até mesmo a postura, fazem parte desses sistemas simbológicos que dão sentido ao underground.
Listar esses símbolos relacionando-os a um determinado estilo é uma atividade que exige extrema cautela e mesmo com todo cuidado é totalmente passível de erro, pois essas relações de significado são estabelecidas socialmente, e o mesmo símbolo, o mesmo objeto, pode possuir significados distintos, dependendo de qual grupo o utiliza.
É como dizer que jaqueta de couro caracteriza fãs de Heavy Metal. Seguindo uma linha lógica, se jaqueta de couro caracteriza fãs de Heavy Metal, o uso dessa vestimenta descaracterizaria os fãs de outros estilos que também fazem uso dela, o que é um erro. Porém a relação dos fãs de Heavy Metal com a jaqueta de couro é diferente da dos Punks. Essa relação de identidade é que constitui os vínculos que sustentam o underground.
O vídeo usado para ilustrar essa matéria exprime de forma clara tudo que vem sendo tratado nesse blog, em especial esse último post.
Ele mostra imagens da banda Hatepride e de seu guitarrista sendo tatuado, ele tatua o nome da banda em seu peito, a trilha é a música que pertence a primeira demo da banda, Code In Skin.
Let’s Rock!
A tatuagem pode funcionar como um código, ela é uma marca permanente sobre a pele, e como marca ela designa algo. Por ser permanente ela pode ser considerada uma das formas mais extremas de exteriorização de uma identidade, mas existem outras inúmeras formas de por em evidência traços da própria personalidade.
Este post fará uma pequena introdução dos elementos simbólicos que circulam na atmosfera do underground.
Sabe-se que o underground reúne diversas vertentes do Rock e, que apesar do clima harmonioso, essas vertentes estão em um conflito constante, Thrash X Heavy Metal Melódico, Hard Rock X Hard Core, Rock’n Roll X Rock Progressivo, a exemplo. Esses conflitos dão-se no campo ideológico, no qual cada estilo possui uma posição, um modo de ser, agir e pensar.
É comum que uma pessoa compactue com mais de uma vertente, mais de um estilo, mas dificilmente ela compactuará com dois estilos, com duas ideologias claramente distintas, a exemplo o Rock Progressivo e o Black Metal Old School. Um dos principais fatores que corroboram essa afirmação é a impossibilidade da formação de uma identidade estável, nos moldes idéias do underground, sobre um terreno estável.
Essa afialiação imposta assemelha-se ao sistema político, onde é preciso fazer parte de um partido para atuar de forma efetiva nas diretrizes da sociedade.
A identidade é supervalorizada nesse meio, e uma das formas primordiais de identificação é através de símbolos próprios, característicos a determinado estilo.
A forma de se vestir, as gírias, a forma de se comportar e até mesmo a postura, fazem parte desses sistemas simbológicos que dão sentido ao underground.
Listar esses símbolos relacionando-os a um determinado estilo é uma atividade que exige extrema cautela e mesmo com todo cuidado é totalmente passível de erro, pois essas relações de significado são estabelecidas socialmente, e o mesmo símbolo, o mesmo objeto, pode possuir significados distintos, dependendo de qual grupo o utiliza.
É como dizer que jaqueta de couro caracteriza fãs de Heavy Metal. Seguindo uma linha lógica, se jaqueta de couro caracteriza fãs de Heavy Metal, o uso dessa vestimenta descaracterizaria os fãs de outros estilos que também fazem uso dela, o que é um erro. Porém a relação dos fãs de Heavy Metal com a jaqueta de couro é diferente da dos Punks. Essa relação de identidade é que constitui os vínculos que sustentam o underground.
O vídeo usado para ilustrar essa matéria exprime de forma clara tudo que vem sendo tratado nesse blog, em especial esse último post.
Ele mostra imagens da banda Hatepride e de seu guitarrista sendo tatuado, ele tatua o nome da banda em seu peito, a trilha é a música que pertence a primeira demo da banda, Code In Skin.
Let’s Rock!
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